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Balanço patrimonial: o que é, importância e quando fazer

ResumoLeitura de 11 min

O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem como finalidade demonstrar qual o patrimônio de uma empresa em um momento específico.

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O balanço patrimonial é um relatório financeiro e contábil que traz informações claras e precisas sobre a situação das finanças de uma empresa. O documento reúne dados sobre todos os bens, recursos, direitos e investimentos, contemplando ativos e passivos do negócio.

Interpretar as informações presentes no balanço patrimonial permite ao gestor identificar se a empresa está trazendo lucros ou se passa por alguma eventual dificuldade. Portanto, ele é um elemento relevante no planejamento e tomada de decisões. Contar com a tecnologia e as soluções que ajudam na gestão dos documentos, como o CLM, são formas de automatizar processos e promover a transformação digital nas organizações.

Neste artigo, você conhecerá em detalhes o conceito, estrutura, importância e demais aspectos práticos relacionados à elaboração e análise de um balanço patrimonial. Continue a leitura e confira!

Qual é o objetivo do balanço patrimonial?

Como vimos, o balanço patrimonial é um relatório financeiro que apresenta a situação financeira e contábil de uma empresa. Também conhecido como balanço contábil, ele é uma das ferramentas mais eficientes para o levantamento de informações sobre bens e direitos de uma organização. Nele, estão descritas todas as fontes de recursos e investimentos, bem como dívidas e obrigações.

São inúmeros os objetivos de um balanço. Além de trazer uma espécie de "raio-x" financeiro, ele agrega informações que permitem analisar o comportamento financeiro do negócio e compreender como se dá a destinação dos recursos.

Por isso, ele pode ser usado como base em auditorias, para a elaboração do planejamento estratégico, planejamento tributário e em negociações com possíveis investidores.

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Estrutura do balanço patrimonial

A estrutura básica do balanço patrimonial é formada por três grandes grupos de dados: ativos, passivos e patrimônio líquido. A seguir, explicamos detalhadamente cada um deles!

Ativos

Do lado esquerdo do balanço são apresentados todos os ativos, ou seja, bens e direitos que a empresa tem e que geram algum tipo de benefício econômico presente ou futuro. Esses ativos são separados em dois blocos:

  • ativo circulante — contempla bens e direitos que podem se tornar dinheiro em até um ano, por exemplo, recursos no caixa, recursos em bancos, estoques e contas a receber;

  • ativo não circulante — bens e direitos com prazo de conversão superior a um ano, como bens imobilizados (equipamentos, veículos e máquinas), recursos intangíveis (marcas e patentes) e investimentos.

Passivos

Do lado direito do relatório de balanço patrimonial estão listados os passivos, ou seja, as obrigações da empresa, todas as dívidas e recursos que deve para terceiros. Aqui, também temos a divisão entre circulante e não circulante. Entenda:

  • passivo circulante — reúne todas as obrigações da empresa que devem ser quitadas em até um ano. Neste grupo, estão os pagamentos de tributos, salários dos funcionários, fornecedores, entre outros;

  • passivo não circulante — são obrigações com vencimento superior a um ano, incluindo empréstimos de longo prazo e financiamentos, por exemplo.

Patrimônio líquido

Por fim, o patrimônio líquido reúne todos os recursos próprios da empresa: capital social, prejuízos acumulados, reservas de lucros, ajustes de avaliação patrimonial, valores investidos pelos sócios, entre outros.

Podemos dizer que o patrimônio líquido traz a informação acerca do retorno financeiro que os sócios tiveram com a empresa ao final de determinado período.

A principal relação entre os componentes do balanço patrimonial é que ela fomenta uma das equações mais importantes para a contabilidade:

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

Isso significa, de forma bem objetiva, que tudo o que a empresa possui — seus ativos — é financiado por algo ou por aquilo que ela deve a terceiros — passivos — ou pelos recursos que pertencem aos sócios (patrimônio líquido).

Por que é importante fazer um balanço patrimonial?

O balanço patrimonial fornece informações que permitem que gestores tomem decisões estratégicas sobre o negócio. Analisando ativos, passivos e patrimônio líquido, é possível identificar oportunidades de investimento, necessidade de reestruturação de dívidas ou até a necessidade de buscar novos financiamentos.

O documento também oferece suporte no planejamento financeiro, já que a análise da evolução dos indicadores ao longo do tempo permite observar tendências, prever necessidades futuras de capital de giro e ajustar as estratégias de acordo.

Sob o ponto de vista do compliance, a elaboração deste relatório é um ponto de atenção, já que se trata de uma obrigação para muitas empresas, e a não elaboração pode trazer problemas junto aos órgãos de fiscalização.

Ainda falando em compliance, cumpre destacar que a análise do balanço ajuda a identificar os principais riscos que a empresa enfrenta, como a concentração de dívidas em um único credor ou a dependência de poucos clientes.

Durante uma due diligence — análise detalhada da empresa — um dos documentos mais importantes analisados é justamente o balanço. Isso ocorre porque oferece uma visão geral instantânea da saúde financeira da empresa, mostrando o que ela possui (ativos), o que ela deve (passivos) e o valor que pertence aos proprietários (patrimônio líquido).

Como você pode ver, este documento é de grande relevância por diferentes motivos. A sua importância está atrelada ao fato de que ele reúne dados essenciais sobre a saúde financeira de uma organização. Com base nele, sócios, gestores, investidores e compradores conseguem tomar decisões mais informadas e seguras.

Quando um balanço patrimonial deve ser feito?

Existem dois momentos em que o balanço pode ser feito: quando há uma obrigação legal ou quando existe uma necessidade de analisar informações para dar suporte a uma tomada de decisão.

No Brasil, as empresas são obrigadas a elaborar o balanço patrimonial anualmente, seguindo as diretrizes e normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Inclusive, empresas optantes pelo Simples Nacional também precisam elaborar o balanço — essa obrigatoriedade só não se aplica aos Microempreendedores Individuais (MEIs).

O que deve ser analisado em um balanço patrimonial?

No grupo de ativos, o gestor pode analisar a liquidez, ou seja, a facilidade com que os ativos podem ser convertidos em dinheiro.

Além disso, a composição e valorização também trazem dados importantes. No caso, a composição precisa ser equilibrada, já que a concentração excessiva em uma única categoria — circulantes ou não circulantes — pode representar riscos.

Por fim, ainda no grupo de ativos, é interessante analisar aspectos como valorização e depreciação à medida que ativos depreciados podem indicar perda de valor e obsolescência.

No grupo de passivos, é interessante avaliar o nível de endividamento da empresa em relação ao patrimônio líquido, a composição da dívida, juros e encargos financeiros. Altos níveis de endividamento podem indicar maior risco financeiro. Somado a isso, juros e encargos financeiros elevados podem comprometer a rentabilidade do negócio.

Quais indicadores são obtidos por meio do balanço?

Por meio da análise das informações presentes no balanço é possível obter uma série de indicadores. Entre eles, destacamos: indicador de liquidez, endividamento e rentabilidade. Entenda!

Liquidez

Os indicadores de liquidez medem a capacidade da empresa de honrar suas obrigações de curto prazo, ou seja, de pagar suas dívidas à medida que elas vencem. Os principais indicadores de liquidez são: liquidez corrente, seca e imediata. Entenda a diferença e conheça a fórmula de cada uma delas.

Liquidez corrente

Mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo. Ela é calculada aplicando a seguinte fórmula: Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante.

Liquidez seca

Parecida com a liquidez corrente, a diferença é que esse indicador exclui os estoques do cálculo, já que estes podem não ser convertidos em caixa rapidamente. A fórmula aplicada é a seguinte: Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante.

Liquidez imediata

Avalia a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo apenas com os seus ativos mais líquidos, como caixa e bancos. Pode ser obtida a partir da aplicação da fórmula: Liquidez Imediata = (Caixa + Equivalentes de Caixa) / Passivo Circulante.

Endividamento

Os indicadores de endividamento medem o grau de alavancagem da empresa, ou seja, a proporção de recursos de terceiros (dívidas) em relação aos recursos próprios (patrimônio líquido). O principal indicador de endividamento é o índice de endividamento que mede a proporção total de dívidas em relação ao patrimônio líquido e pode ser obtido por meio da fórmula: Índice de Endividamento = Total das Dívidas / Patrimônio Líquido.

Rentabilidade

Por fim, os indicadores de rentabilidade medem a eficiência da empresa em gerar lucro em relação aos recursos investidos. Os principais indicadores de rentabilidade são a margem líquida e o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE).

Margem líquida

Mede a porcentagem do lucro líquido em relação à receita líquida e pode ser obtido a partir da aplicação da fórmula a seguir: Margem Líquida = (Lucro Líquido / Receita Líquida) x 100.

Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)

O ROE mede a rentabilidade do capital investido pelos proprietários e o cálculo para chegar a ele é bem simples, basta aplicar a fórmula: ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido.

Esses são apenas alguns indicadores que podem ser obtidos por meio da análise das informações presentes no balanço. Para os gestores, vale a pena aprofundar o tema, analisando as métricas alinhadas ao seu negócio.

Como elaborar um balanço patrimonial?

O balanço patrimonial apresenta a situação patrimonial de uma empresa em determinado momento. Para elaborá-lo, é importante buscar o suporte de um contador, profissional com conhecimento técnico e domínio das normas contábeis, algo necessário para garantir a correta classificação das informações. A seguir, montamos um passo a passo simples de como ele é elaborado. Confira!

  • Registro contábil de todas as transações da empresa, de forma sistemática e organizada. Este registro é a base para a elaboração do balanço e permite acompanhar as variações patrimoniais ao longo do tempo, garantindo a precisão das informações.

  • Conciliação contábil, etapa de verificação dos saldos das contas contábeis, averiguando se estão corretos e se há alguma divergência entre os registros contábeis e os documentos fiscais.

  • Classificação das contas de acordo com sua natureza (ativo, passivo ou patrimônio líquido) e prazo (curto ou longo).

  • Elaboração do balanço seguindo a estrutura básica — ativos circulantes, ativos não circulantes, passivos circulantes, passivos não circulantes e patrimônio líquido.

  • Análise do balanço por meio da aplicação de indicadores financeiros.

  • Apresentação do balanço, que deve ser acompanhada de notas explicativas e elas devem detalhar os critérios contábeis utilizados e as informações relevantes para a compreensão do balanço.

O balanço patrimonial costuma ser elaborado anualmente para garantir o cumprimento da legislação, entretanto, ele pode ser elaborado em períodos mais curtos, como trimestralmente ou mensalmente, para acompanhar a evolução da situação financeira da empresa.

É possível fazer um balanço patrimonial sem um registro contábil?

Não, o registro contábil é a base para a construção do balanço. Ele funciona como uma espécie de histórico com todas as transações financeiras da empresa, e são essas informações que compõem o documento.

Como fazer um balanço patrimonial com segurança e precisão?

Elaborar um balanço patrimonial com segurança e precisão exige um entendimento profundo dos princípios contábeis e um registro contábil organizado e atualizado, razão pela qual o suporte de um contador se torna imprescindível.

Para as empresas que desejam otimizar os processos, o uso de soluções tecnológicas, como o CLM para finanças, é uma forma de agregar segurança jurídica e agilidade aos processos. Por meio de ferramentas como o CLM, todo o processo de análise e criação de documentos no setor de finanças é otimizado.

Como o balanço patrimonial é um documento que demanda controle rigoroso nos dados e segurança da informação, a estrutura tecnológica adequada pode garantir o melhor desempenho e eficiência na coleta de dados e posterior análise de informações.

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