Quais são os principais desafios do setor de telecom no Brasil?
Quais são os principais desafios do setor de telecom no Brasil? Veja como transformar seu time de vendas e de operações trazendo eles para um mundo digital.
Da implantação das redes móveis GSM ao início das privatizações (em meados dos anos 1990), muita coisa mudou no setor de telecomunicações no Brasil. Atualmente, não são mais a convergência das redes ou a melhoria na transmissão das ondas eletromagnéticas (da 1ª geração de telefonia móvel, AMPS) que instigam a área a crescer.
Com os atuais 229,2 milhões de celulares, 38 milhões de telefones fixos, 31 milhões de assinantes de banda larga e 17,6 milhões de assinaturas de TV (dados da Teleco, em 2018), os desafios do setor de telecom se tornaram muito diferentes, embora questões como elevada carga tributária e escassez de mão de obra qualificada continuem no rol dos obstáculos a serem ultrapassados.
Em uma era em que se discute a neutralidade da rede e novos modelos de negócios (como o “over-the-tops” ou, simplesmente, TV via internet), há muito a fazer no setor para integrar canais e oferecer uma experiência do cliente que promova uma real fusão entre tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data e realidade virtual/aumentada.
Mas quais são os principais desafios do setor de telecom para que o segmento alavanque crescimento supersônico nos próximos anos? Abaixo, você confere as respostas!
1. Criação de um Plano Nacional de Internet das Coisas
O setor de telecom está no epicentro da Indústria 4.0 (ou 4ª Revolução Industrial) e o Brasil tem todas as condições de se colocar entre os líderes globais na área, desde que seja criado o quanto antes um ecossistema favorável para o desenvolvimento do ambiente de interconexão.
Quem é da área sabe que não dá para falar em computação neuromórfica (sistemas baseados no cérebro humano, implantados por meio de microdispositivos para comunicação autônoma entre objetos) enquanto não tivermos sequer um Plano Nacional de Internet das Coisas que aborde o impacto dos objetos conectados na sociedade, o ambiente regulatório, as políticas de incentivos fiscais e a previsão de investimentos estatais em infraestrutura.
A discussão política para a formulação desse marco regulatório de IoT foi iniciada de forma pioneira pelo Brasil, ainda em 2016, por iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O problema é que o projeto ficou no papel e outras nações já estão atualmente à frente do Brasil nessa regulamentação.
Segundo a consultoria McKinsey, a IoT pode movimentar cerca de US$ 200 bilhões no Brasil a partir de 2025, melhorando sobremaneira a qualidade dos serviços públicos, a competitividade das empresas nacionais no exterior e a qualidade de vida da população.
Exercer pressão política por meio das gigantes do mercado (bem como das associações do segmento) e, efetivamente, conseguir tirar do papel esse marco regulatório são, sem dúvida, alguns dos principais desafios do setor de telecom por aqui.
2. Desenvolvimento de interoperabilidade plena
Há uma demanda óbvia, por parte dos usuários dos serviços de telecom, de que os recursos lançados sejam plenamente operáveis em todos os dispositivos e plataformas. A negação dessa harmonização de tecnologias macula a credibilidade do setor, gera um ambiente de desconfiança e, evidentemente, freia o crescimento de todos os players envolvidos.
Basta lembrar-se do caos causado até hoje por sistemas operacionais (como Windows, Mac OS e Linux) que não dialogam entre si. O mesmo pode ser dito em relação à Torre de Babel entre as diferentes tecnologias de TV e vídeo, que frustra o consumidor e reduz as possibilidades de aumento de receitas.
O uso de protocolos proprietários trava a inovação e a criação de novos produtos integrados. Voltando ao caso concreto do setor de telecom, o novo usuário omnichannel vai além da simples navegação em computador doméstico ou verificação de vídeos em smartphones. Essa nova onda das telecomunicações exige interligação plena entre dispositivos, TV, rádio, além da comunicação de voz e vídeo sobre IP em todas as plataformas.
A interoperabilidade é, portanto, crucial à expansão do segmento, de forma que a junção de empresas e tecnologias em projetos conjuntos é outro dos principais desafios do setor de telecom no Brasil.
3. Eficiente gestão de equipes externas
As empresas de telecom, sobretudo as prestadoras de serviços de manutenção, trabalham com grande quantidade de equipes em campo, cujo controle e supervisão pode ser difícil, a depender das ferramentas de monitoramento que os gestores tenham à disposição.
É também desafiador conseguir gerenciar times externos com qualidade, o que passa pela implantação de softwares que permitam check-in e check-out automático por sinal GPS, localização em tempo real de colaboradores, transmissão de imagens real time às equipes internas, roteirização inteligente, entre outros recursos. Como por exemplo utilizar a assinatura eletrônica para que o sempre que um serviço for prestado na casa do cliente que seja assinado eletrônicamente e não em papel, como é costumeiramente realizado hoje. Assim a matriz tem o dado de conclusão com o documento assinado na mesma hora e fica arquivado na nuvem para ser acessado a qualquer momento.
4. Criação de oportunidades por meio dos “mundos lógicos”
Um desafio bastante recente, e que vem pegando de surpresa o setor, é o crescimento desenfreado de serviços interativos múltiplos oferecidos por gigantes do mercado, como Google e Amazon, os quais vêm transbordando sua atuação para o setor de telecom.
Serviços multicloud, telefonia IP e VoIP, além dos chamados “OTT” (over-the-top, como Netflix e Amazon Prime Vídeo, que misturam SaaS, internet e TV) representam uma ameaça para o setor de telecom, mas, ao mesmo tempo, uma aula de interoperabilidade e prestação de serviços personalizados, o que significa potencial aproveitamento de oportunidades.
Os desafios do setor de telecom, no que se refere a esse tema, é conseguir criar uma simbiose entre essas novas tecnologias, interligando-se com esses novos players que avançam sobre a área de telecomunicações.
5. Fechamento de contratos com maior rapidez
O setor de telecom tem a inovação constante como matéria-prima, o que significa ter que lidar com elevada disponibilidade de recursos para investimentos e outsourcing/terceirizações para centralizar suas atenções em seus produtos/serviços. Essa natureza peculiar do segmento explica um pouco das centenas de contratos que as organizações de telefonia e TV por assinatura têm que manter em sua base.
São equipes terceirizadas de manutenção, times de vistoria de fibra óptica, atendentes de telemarketing etc., todos ligados à prestação de serviços secundários. Mas há ainda uma infinidade de contratos com fornecedores de materiais elétricos, cabos de aço e tecnologia de todo tipo para colocar em funcionamento uma rede de transmissão.
Nessa seara, um dos grandes desafios do setor de telecom é fechar contratos com rapidez e evitar indisponibilidades ou rupturas no estoque.
O problema é que especialmente nas prestadoras de serviços PME, é comum encontrar contratos assinados ainda de forma manuscrita, com reconhecimentos de firmas e motoboys levando vias aos interessados, o que atrasa o fluxo de trabalho das tomadoras, tem um custo altíssimo e representa risco no fechamento de negócios.
O fluxo de trabalho no setor de telecom precisa fluir na mesma velocidade com que os sinais elétricos passam pelas modernas redes de fibra óptica. E se você é tomadora ou prestadora terceirizada, lidando diariamente com o que há de melhor em tecnologia, qual o sentido de continuar mantendo operações manuais? Nesse ambiente, o desafio das empresas é digitalizar também suas operações.
Já existem soluções eletrônicas de gestão de documentos, por meio das quais é possível gerar, assinar e arquivar um contrato em apenas alguns minutos, sem a necessidade de imprimir uma via sequer (ainda que os interessados estejam em áreas geográficas distintas).
Tornar as empresas do setor de telecom totalmente paperless significa dar a elas maior agilidade, redução de custos e aumento da produtividade — essencial em uma era de extrema competitividade no segmento.
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