Proálcool coloca o Brasil como protagonista no setor de bioenergia
Proálcool coloca o Brasil como protagonista no setor de bioenergia. Veja esta e outras histórias de inovação que fizeram parte de acordos importantes.
Na década de 70, o governo brasileiro encontrava-se diante de um cenário desafiador. O preço do petróleo importado para atender a demanda interna do país disparou e, assim, tornou-se necessária a busca por uma alternativa “dentro de casa”.
Em novembro de 1973, o presidente Ernesto Geisel assinava o Decreto nº 76.593, que estabelecia o Programa Nacional do Álcool (Proálcool).
A resolução, definida por meio de um grande acordo entre o governo e a iniciativa privada, tinha como principal objetivo estimular a produção de álcool no país para resolver esse problema. Estímulo que aconteceu a partir da expansão da oferta de matérias-primas, ampliação e modernização das destilarias e implantação de novas unidades produtoras e armazenadoras.
E assim, o Brasil transformou-se, nas quatro décadas que se seguiram à criação do Proálcool, o terceiro maior produtor de energia renovável do mundo. O programa foi muito além do seu propósito inicial, e tornou-se um marco da área nacional de Ciência e Tecnologia, colocando o país como um dos protagonistas mundiais no setor de bionergia.
Ainda em 1973, o Brasil seria responsável por mais um acordo que entraria para a história do segmento, dando origem ao primeiro carro movido a etanol do mundo, o Fiat 147.
O modelo foi lançado em 1979 pela montadora italiana na fábrica instalada em Betim (MG) a partir de um contrato firmado entre o governador do Estado de Minas Gerais, Rondon Pacheco, e o presidente da Fiat, Giovanni Agnelli, seis anos antes.
Hoje, o Brasil possui aproximadamente 38 milhões de veículos leves, dos quais 80% - cerca de 30 milhões – possuem tecnologia flex, que permite o abastecimento com etanol ou gasolina. Para se ter uma ideia do impacto para o meio ambiente, desde o lançamento dos veículos flex até fevereiro de 2019, o uso do etanol evitou a missão de 535 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, economia que só seria possível com a plantação de 4 bilhões de árvores ao longo de 20 anos.
Fontes: UNICA - União da Indústria de Cana-de-Açúcar e IstoÉ Dinheiro.