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Mercado de seguros: 8 soluções para otimizar esse segmento

ResumoLeitura de 12 min

Entenda como sua seguradora pode ser otimizada pelas soluções tecnológicas, aumentando sua capacidade de organização e diminuindo processos burocráticos

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Mercado de seguros

Você por acaso já parou para pensar no quanto a tecnologia está presente em nossas vidas? Usamos a internet para entrar em contato com amigos, ler notícias e compartilhar histórias, enquanto o smartphone já se tornou um acessório praticamente obrigatório. E as compras on-line, que já são quase tão comuns quanto as físicas? E é claro que as empresas também estão por dentro do poder da tecnologia, tanto que vêm investindo pesado em inovação e marketing digital. Mas você sabia que o mercado de seguros também pode (e, na verdade, deve) usar a tecnologia como uma aliada decisiva, adotando soluções cada vez mais seguras e eficientes?

Para entender como sua seguradora pode ser otimizada pelas soluções tecnológicas, aumentando sua capacidade de organização e diminuindo processos burocráticos, listamos aqui 8 ferramentas que certamente farão a diferença na sua maneira de fazer negócios. Confira!

Big Data para precificação personalizada

É fato: o número de informações que circula na internet todos os dias beira o incalculável (segundo uma pesquisa de 2015, 2,5 quintilhões de bytes são criados diariamente no mundo). E é esse volume imenso de dados que recebe o nome de Big Data.

Mas a quantidade não deve ser amedrontada com essa tempestade de dados digitais! Sua seguradora pode sim usar esses dados para melhorar sua própria forma de trabalho. Hoje, é possível filtrar e estruturar informações importantes para qualquer negócio com o auxílio da tecnologia. Torna-se possível, assim, detectar problemas no sistema e entender melhor o comportamento de clientes e potenciais clientes, aumentando sua capacidade de inserção certeira no mercado.

Sim, o mercado de seguros parece, enfim, estar entrando no século XXI. Um indicativo disso é que já se foi o tempo em que uma empresa do ramo possuía apenas profissionais da área atuarial. Atualmente, os líderes do setor possuem em seus quadros dezenas de matemáticos e cientistas de dados, que utilizam como matéria-prima de seu trabalho as informações capturadas de apps distribuídos aos segurados.

Estes aplicativos informam a uma seguradora de automóveis, por exemplo, rotas mais frequentes dos segurados, aceleração em sua condução diária, tempo de reflexo em frenagem, ângulo de curva, entre outras minúcias cruciais para a compreensão de quem são os clientes de cada seguradora.

De posse do detalhamento completo do comportamento de direção do condutor, modelos matemáticos eletrônicos (algoritmos) são usados para definir o exato perfil de risco do segurado e, por consequência, o prêmio do seguro.

A precificação personalizada é uma tendência inevitável do mercado de seguros e sua missão é, sobretudo, conseguir tornar os produtos do setor interessantes aos mais de 60% de brasileiros que possuem carros sem seguro (a maior parte deles, por serem enquadrados em um perfil de risco genérico, que praticamente inviabiliza a contratação de uma apólice).

Smartphones para facilitar o acesso a serviços diversos pelo segurado

A população brasileira é composta por cerca de 200 milhões de habitantes, sendo que o número de smartphones no país já chega a quase 170 milhões. E as projeções para um futuro bem próximo são ainda mais impressionantes: de acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de dispositivos móveis inteligentes deve ultrapassar o tamanho da população, logo chegando a mais de 230 milhões. Um aparelho com tamanha influência não pode simplesmente ser ignorado por sua empresa.

De olho nessa tendência, hoje já existem diversos aplicativos que buscam aproximar corretores de clientes, fazendo com que o contato entre as partes seja cada vez mais digital. Esse contato pode se dar desde a prospecção, já que muitas pessoas usam o celular para procurar serviços, até o contato direto, seja por meio de aplicativos especializados ou mesmo de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp ou o Telegram.

Quer saber como usar isso na prática? Um app para o mercado de seguros pode ser desenvolvido para, por exemplo, permitir o aviso de sinistros de forma eletrônica, tirando do cliente a dor de cabeça de ter que ligar para centrais de atendimento, passar pelo “purgatório” das URAs (atendimentos eletrônicos preliminares) e ainda entrar em linha com um atendente que, muitas vezes, não sabe como solucionar seu problema.

Avisos de vistoria, lembretes de troca de peças (seguro auto) e até o agendamento de serviços emergenciais para residências (como troca de fechaduras, acionamento de encanadores e eletricistas, no caso de seguro de imóveis) podem ser acionados via app para seguros.

Internet das Coisas (IoT) para reduzir a sinistralidade das apólices

No início de 2017 (13/3), a Intel anunciou ao mercado um acordo para adquirir a Mobileye (empresa especializada em visão computacional), por incríveis US$ 15,3 bilhões. O esforço financeiro colossal da gigante mundial de TI tem um único objetivo: aprofundar a empresa de vez no ramo dos carros autônomos, o que tende a se tornar uma realidade inescapável nos próximos anos.

Com carros com direção pré-programada, mais seguros e que se envolvam em acidentes com muito menor frequência, o mercado de seguros deverá rever seus modelos de precificação. Por outro lado, suas taxas de sinistralidade também serão absurdamente reduzidas, o que tornará certamente os produtos securitários automotivos mais acessíveis a uma gama maior de pessoas.

A Internet das Coisas (IoT) também deve impactar o mercado de seguro residência, com o segmento de “casas inteligentes”. Já existem nos Estados Unidos, por exemplo, dispositivos para serem instalados nas casas, capazes de monitorar (durante 24h por dia) dados como temperatura, umidade, velocidade do vento e vibrações mecânicas, condições que podem ter reflexos na segurança de um imóvel e no aumento da sinistralidade do setor.

Portais de vendas para aumentar o poder de captação de clientes

Como será o seguro na era do e-commerce? O comércio virtual já é uma tendência bastante consolidada em praticamente todas as áreas da economia. Depois de enfrentar certa desconfiança devido a hesitações sobre a segurança das transações on-line, hoje o setor tem um faturamento estimado de R$ 56,8 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Toda essa renda vem de compras em sites próprios, marketplaces e até redes sociais. E o mercado de seguros também faz parte dessa conta!

Todos os meses, o Google recebe bilhões de pesquisas voltadas exclusivamente para serviços de seguradoras, o que representa um mercado enorme prontinho para ser explorado. Para se sair bem nesse contexto, é preciso investir em bons canais de venda, seja por meio de lojas on-line próprias ou com o uso de serviços terceirizados. Também é uma boa ideia usar as ferramentas das próprias redes sociais. O Facebook, por exemplo, oferece a possibilidade de negociar serviços e produtos diretamente da sua fan page.

Vale lembrar aos corretores, entretanto que, de acordo com especialistas, os brasileiros ainda preferem uma estratégia de vendas multicanal, ou seja, um modelo aberto que dá a liberdade para que o segurado escolha a forma de entrar em contato com o corretor de seguros (e-mail, WhatsApp, telefone, chat, reunião presencial, plataforma eletrônica, etc.).

A era do seguro 100% digital, entretanto (como já ocorre em países como Inglaterra, Estados Unidos e Japão), não deve demorar para se consolidar no Brasil. Se você é corretor de seguros ou gestor de seguradoras, esteja pronto, portanto, para a adoção de um modelo dual de contratação, o que envolve, por exemplo, contratar uma plataforma de assinatura eletrônica de documentos (veremos mais sobre isso logo adiante) e libertar-se das restrições e perda de tempo da assinatura de apólices em papel. Isso certamente vai fazer diferença em um futuro próximo!

Marketing digital para alcançar um consumidor cada vez mais digital

Já falamos por aqui que tanto clientes consolidados quanto clientes em potencial usam cada vez mais a internet para pesquisar sobre produtos e serviços, incluindo aí os seguros. Por isso, é absolutamente essencial aproveitar todo esse potencial para atrair possíveis compradores para sua empresa. E isso só é possível por meio de um bom plano de marketing digital.

Trata-se, basicamente, de aumentar a presença da sua marca nos meios eletrônicos, com propagandas e banners em sites especializados, um bom gerenciamento das redes sociais ou mesmo usando o chamado inbound marketing. Como é um conceito relativamente novo, vale explicar que o inbound aproveita um site ou blog próprio para oferecer conteúdo de qualidade relacionado ao mercado em questão, fazendo com que seu endereço atraia interessados na área.

Para deixar mais claro a importância de apostar no marketing digital para seguros, vale a pena lembrar que, em 2000, o Brasil possuía tímidos 45 mil blogs, enquanto, 10 anos mais tarde, a quantidade de blogs já passava de 200 milhões. Esse oceano de sites, blogs e mídias sociais revela uma disputa acirrada por um lugar ao sol no topo das pesquisas do Google: se você quiser que seu site de seguros apareça a quem procura por uma apólice na internet, é preciso ter estratégias adequadas de Marketing de Conteúdo, SEO (otimização de palavras-chaves), engajamento em mídias sociais, desenvolvimento de sites amigáveis a todas as plataformas, entre outras ações.

Por fim, alguns dados para alertá-lo a não ficar de fora da web: apenas o Instagram possui 29 milhões de usuários ativos por mês no Brasil; em agosto de 2016, 84% dos usuários de Internet no Brasil usaram mais o YouTube do que a TV; 77% dos brasileiros são influenciados pelas redes sociais no momento de decidirem uma compra. Já deu para entender a importância de tornar seus negócios digitais, certo?

Notificação eletrônica para acelerar processos

Existe uma série de notificações extrajudiciais (como a cobrança de aluguéis atrasados, por exemplo), que há até pouco tempo quase sempre precisava ser enviada por carta registrada. Isso acontecia porque a entrega da notificação precisava ser confirmada para ter qualquer validade e, assim, garantir sua legalidade.

O detalhe é que, assim como as cartas tradicionais vêm sendo substituídas por e-mails, a carta registrada também segue o mesmo destino. Hoje em dia, é possível enviar um correio eletrônico com esse tipo de notificação, comprovando data e hora do seu recebimento e ainda aumentando sua segurança jurídica com uma assinatura eletrônica.

Dessa forma, sua notificação chega mais rapidamente ao destinatário, assim como o retorno do seu recebimento é mais ágil. Além disso, os dados enviados são seguros tanto do ponto de vista legal quanto em relação à interceptação das mensagens — afinal, o e-mail é criptografado e só pode ser lido pelo dono da conta ou com sua devida autorização. Imagine o quanto um recurso como esse  poderia agilizar os processos administrativos dos corretores de seguros e seguradoras?

Visão estratégica do cliente: fundamental para conhecer seu target

Nenhuma corretora consegue sobreviver no mercado de seguros se não tiver um controle realmente rígido sobre sua carteira de clientes, sendo capaz de identificar perfis específicos a fim de oferecer o melhor atendimento para cada um deles. O segredo está na personalização.

E uma das soluções tecnológicas que podem ajudar bastante nesse cenário é o software CRM, sigla em inglês para Gestão de Relacionamento com o Cliente. Esse tipo de ferramenta automatiza a coleta de dados de seus segurados, organizando-os de acordo com suas necessidades. Com isso, a empresa pode definir melhores estratégias de atendimento, marketing e vendas, tudo de forma totalmente personalizada. Assim, permite também criar melhores produtos para nichos específicos do mercado.

Assinatura eletrônica de documentos, a chave para levar o setor de seguros a um novo patamar de eficiência e produtividade

O mercado de seguros é baseado em uma série de contratos e documentos que precisam ser extremamente claros e confiáveis, a fim de evitar qualquer tipo de dúvida jurídica a seu respeito. Há até bem pouco tempo, no entanto, a assinatura e a validação desses documentos era feita de maneira tradicional: de forma manual e recheada de carimbos. Como resultado, a burocracia era inevitável, gerando perda de tempo, insatisfação do segurado e aumento de custos administrativos para os corretores e seguradoras.

Felizmente, hoje é possível criar, assinar e entregar documentos com uma assinatura eletrônica. A solução proporciona um significativo aumento na velocidade das transações dos negócios, a diminuição do perigo de fraudes, além de ainda permitir a elevação da sua lucratividade, já que seguradoras que usam esse tipo de recurso tendem a ser até 50% mais lucrativas que as concorrentes.

Isso sem contar que o serviço de assinatura eletrônica é personalizado de acordo com as necessidades do mercado de seguros, além de trazer alto nível de segurança de dados (já que as informações são criptografadas). Por fim, vale lembrar que o uso de assinatura eletrônica se tornou obrigatório para seguradoras desde 2015, quando uma circular do Ministério da Fazenda foi emitida com essa orientação.

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