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FMEA: tudo o que você precisa saber!

Thais NarkevitzDiretora de Eventos e Geração de Demanda
ResumoLeitura de 14 min

Descubra como usar o fmea para prevenir falhas e aumentar a eficiência nos processos empresariais com estratégias práticas e eficazes

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A FMEA, sigla para Análise de Modos de Falha e seus Efeitos, é uma ferramenta usada pelas empresas para identificar e avaliar potenciais falhas em seus processos, produtos ou serviços. Essa metodologia busca antecipar problemas, analisar suas causas e consequências, e implementar ações preventivas para minimizar o impacto de ocorrências indesejadas.

A aplicação da FMEA pelas organizações ajuda a aumentar a confiabilidade de seus sistemas, reduzir custos associados a falhas e garantir a satisfação dos clientes. Ela é especialmente relevante em setores que exigem alta performance e tolerância mínima a erros.

Neste artigo, acesse um conteúdo completo sobre FMEA, os diferentes tipos, benefícios, cálculo e um passo a passo de como fazer. Acompanhe!

Para que serve a FMEA?

A FMEA é uma espécie de "raio-X" para os processos, que permite identificar e tratar problemas antes que eles se tornem um grande incômodo. Mapeando as possíveis falhas e seus efeitos, as empresas podem tomar decisões mais adequadas e precisas, implementando medidas para evitar que essas falhas ocorram.

Com diversas aplicações dentro das empresas, na indústria, serviços ou qualquer outro setor, a FMEA pode ser utilizada para identificar e avaliar potenciais falhas em produtos, processos e serviços.

A FMEA é útil em processos críticos, como o desenvolvimento de novos produtos, a implementação de novas tecnologias e a análise de processos existentes. Aplicando a ferramenta, as empresas podem otimizar seus processos, reduzir custos, aumentar a satisfação do cliente e prevenir recall de produtos.

Além disso, a FMEA contribui para a criação de uma cultura de segurança e melhoria contínua, pois incentiva a identificação e a resolução de problemas de forma proativa.

Quais são os tipos de FMEA?

A FMEA não é um modelo único, mas sim um conjunto de metodologias que podem ser customizadas para atender às necessidades específicas de cada aplicação. Por isso, é possível encontrar a FMEA de design, focada em prevenir falhas nas especificações de um produto; a FMEA de processo, que analisa os processos de fabricação ou serviço; e a FMEA de sistema, que avalia falhas em um sistema completo, entre outros.

A escolha do tipo de FMEA dependerá do objetivo da análise e das características do sistema em questão. Nos próximos tópicos, vamos explorar cada uma dessas variações em detalhes, aprofundando seus conceitos e aplicações. Acompanhe!

FMEA de Design

A FMEA de design visa identificar e eliminar potenciais falhas em um produto ou sistema ainda na fase de projeto. Por meio da análise detalhada de cada componente e interação do design, a FMEA permite antecipar problemas que poderiam surgir durante a fabricação, montagem ou uso do produto.

Essa abordagem sistemática ajuda a prevenir defeitos, otimizar o processo de desenvolvimento e garantir a qualidade e segurança do produto final.

Identificando as possíveis causas de falha e seus efeitos, é possível implementar medidas preventivas, como a modificação do design, a escolha de materiais mais adequados ou a inclusão de componentes de segurança, reduzindo significativamente o risco de problemas durante a produção e o uso do produto.

FMEA de Processo

Aplicando a FMEA a um processo específico, é possível identificar detalhadamente cada etapa, desde a aquisição de matéria-prima até o produto final, e analisar os modos pelos quais cada etapa pode falhar.

Essa análise permite antever problemas como defeitos em componentes, erros de montagem, falhas em equipamentos ou desvios nos parâmetros operacionais. Quantificando a severidade, a ocorrência e a detectabilidade de cada falha potencial, a FMEA auxilia na priorização de ações corretivas e na implementação de controles para minimizar o risco de ocorrência dessas falhas.

Neste cenário, a ferramenta torna-se uma aliada na garantia da eficiência, a qualidade e a confiabilidade dos processos, evitando retrabalhos, perdas de material e insatisfação do cliente.

FMEA de Sistema

Com a FMA de sistema é possível identificar e avaliar os modos de falha de cada componente ou subsistema, além de analisar as interações entre eles. Essa abordagem permite visualizar como uma falha em determinado ponto do sistema pode se propagar e afetar o funcionamento de outras partes, permitindo antever e mitigar falhas sistêmicas.

Assim, a FMEA de sistema possibilita a priorização de ações corretivas e a implementação de medidas de segurança para garantir a confiabilidade e a robustez do sistema como um todo.

FMEA de Serviço

Aplicando a FMEA em serviços, é possível mapear cada etapa do processo, desde o primeiro contato com o cliente até a entrega final, identificando os pontos em que podem ocorrer falhas, como atrasos na entrega, erros de comunicação, falta de informações ou até mesmo o comportamento inadequado de um atendente.

Neste contexto, fica mais fácil implementar medidas preventivas, como a criação de checklists, a padronização de procedimentos, o treinamento de equipe e a melhoria da comunicação interna, visando minimizar os riscos e garantir uma experiência de cliente mais positiva e consistente.

FMEA de Software

A ferramenta também encontra aplicação no desenvolvimento de sistemas de software. Neste caso, ela permite analisar cada componente, módulo e interface, identificando os possíveis modos de falha, como erros de programação, falhas de hardware, problemas de compatibilidade ou falhas de segurança.

Com isso, fica mais fácil priorizar ações corretivas, como a revisão do código, a realização de testes mais rigorosos, a implementação de mecanismos de segurança e a criação de planos de contingência.

Dessa forma, a FMEA contribui para a construção de sistemas de software mais confiáveis e seguros, reduzindo o risco de falhas que possam comprometer a experiência do usuário, causar perdas financeiras ou até expor dados confidenciais.

FMEA de Manutenção

Aplicando a FMEA em um equipamento ou sistema, é possível identificar os modos de falha mais prováveis, suas causas e seus efeitos na operação. Com essa informação, a empresa pode estabelecer um plano de monitoramento e inspeção para detectar sinais precoces de desgaste ou anomalias, permitindo a realização de intervenções preventivas antes que ocorra uma falha mais grave.

Isso impacta diretamente na disponibilidade operacional, otimização dos recursos de manutenção, redução geral de custos e aumento da confiabilidade dos equipamentos.

Benefícios do FMEA para empresas

Com a identificação e avaliação potencial de falhas em produtos, processos e sistemas, a FMEA permite que as organizações proativamente minimizem riscos, otimizem recursos e melhorem significativamente seus resultados. Entre os seus principais benefícios, destacamos:

  • redução de falhas e melhoria da qualidade de produtos e serviços;

  • aumento da confiabilidade;

  • mais satisfação dos clientes;

  • menor necessidade de reparos ou substituições;

  • otimização de processos;

  • aumento da eficiência e produtividade;

  • redução de retrabalhos;

  • aumento da segurança;

  • garantia de conformidade legal;

  • redução de custos operacionais;

  • otimização do uso de recursos;

  • melhora na tomada de decisões; e,

  • alinhamento de objetivos estratégicos da empresa.

Como fazer uma FMEA passo a passo?

Para transformar os resultados da FMEA em um plano de ação que traga resultados reais, diversas metodologias podem ser empregadas. Uma delas é a metodologia 5W2H, que auxilia na definição clara de cada ação, respondendo às perguntas: o quê? Quem? Quando? Onde? Por quê? Como? Quanto?

Outra ferramenta útil é o diagrama de Gantt, que visualiza as tarefas, prazos e dependências entre elas, facilitando o acompanhamento do progresso. Além disso, a matriz de responsabilidades define claramente quem é responsável por cada ação, evitando duplicidade de tarefas e garantindo o comprometimento de todos.

Combinando essas metodologias com as informações obtidas na FMEA, as empresas podem elaborar planos de ação detalhados, com prazos definidos e responsáveis claramente identificados, aumentando a probabilidade de sucesso na implementação das ações corretivas.

Identificação de modos de falha

A identificação de modos de falha na FMEA consiste em um processo de mapeamento de todos os pontos nos quais um processo, produto ou sistema pode falhar. Para isso, é necessário adotar uma perspectiva ampla e detalhada, considerando desde as etapas iniciais até as finais.

Usando técnicas como brainstorming, diagramas de fluxo e check-lists, a equipe de análise busca identificar todos os possíveis desvios, interrupções ou erros que podem ocorrer. É importante que essa etapa seja conduzida por uma equipe multidisciplinar, com conhecimento profundo do processo em questão, para garantir que todos os aspectos sejam considerados.

Análise dos efeitos das falhas

Essa etapa consiste em avaliar as consequências de cada modo de falha identificado, tanto nos processos imediatos quanto no desempenho geral da empresa. É o momento em que se busca compreender a magnitude do impacto que cada falha pode gerar, considerando aspectos como a qualidade do produto final, a satisfação do cliente, a segurança, os custos e a reputação da empresa.

Para realizar essa avaliação, a equipe de análise deve considerar os possíveis efeitos em cascata, ou seja, como uma falha inicial pode desencadear outras falhas e comprometer etapas subsequentes do processo. Quantificando e qualificando os efeitos das falhas, a empresa pode priorizar as ações corretivas e alocar recursos de forma mais eficiente, minimizando os riscos e maximizando os resultados.

Priorização das falhas

O Número de Prioridade de Risco (RPN) é uma ferramenta usada na FMEA para priorizar os modos de falha que demandam mais atenção. Ele é calculado a partir da multiplicação de três fatores:

  • severidade — impacto da falha;

  • ocorrência — probabilidade de a falha acontecer;

  • detecção — dificuldade de identificar a falha antes que cause problemas.

Quanto maior o RPN, maior a prioridade da ação corretiva. Atribuindo valores numéricos a cada fator e calculando o RPN para cada modo de falha, a equipe pode identificar rapidamente quais riscos representam a maior ameaça ao processo ou produto, direcionando os esforços para as ações mais eficazes. A seguir, explicamos como calcular o RPN.

Como calcular o risco no FMEA?

Como vimos, o RPN é um indicador numérico que representa a gravidade de um modo de falha e é obtido pela multiplicação de três fatores: severidade, ocorrência e detecção.

A severidade avalia o impacto da falha sobre o produto, o processo ou o cliente, em uma escala que varia de leve a catastrófica.

A ocorrência, por sua vez, estima a probabilidade de a falha acontecer, considerando fatores como a frequência com que o processo é realizado e a confiabilidade dos componentes envolvidos.

Já a detecção avalia a facilidade de identificar a falha antes que cause danos, considerando a existência de controles e inspeções.

Multiplicando esses três fatores, obtém-se o RPN, que indica a prioridade da ação corretiva. Quanto maior o RPN, maior o risco associado ao modo de falha e maior a necessidade de implementar ações para mitigá-lo.

Dessa forma, o RPN permite que as empresas concentrem seus esforços nas falhas mais críticas, otimizando o uso de recursos e aumentando a eficácia das ações preventivas. Utilizando o RPN, as empresas podem criar uma hierarquia de riscos, permitindo que as ações corretivas sejam implementadas de forma sequencial, começando pelas falhas com maior potencial de impacto.

Ainda, o RPN pode ser utilizado para acompanhar a evolução dos riscos ao longo do tempo, permitindo que as empresas identifiquem novas tendências e ajustes necessários no plano de ação. É importante ressaltar que o cálculo do RPN é apenas uma ferramenta para auxiliar na tomada de decisão, e que a experiência e o julgamento dos profissionais envolvidos na análise também são relevantes para a definição das prioridades.

Quem deve fazer a FMEA?

A condução de uma FMEA precisa ser feita por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais com diferentes perspectivas e conhecimentos. Engenheiros, com sua compreensão técnica dos processos e sistemas, contribuem com a identificação de falhas potenciais e suas causas-raiz.

Gestores de qualidade, por sua vez, trazem expertise em ferramentas e metodologias de análise de riscos, além de uma visão mais ampla da organização. Especialistas nos processos analisados oferecem um conhecimento profundo das operações, permitindo identificar nuances e particularidades que podem não ser evidentes para outros membros da equipe.

A diversidade de perfis garante uma análise mais precisa e abrangente, pois cada profissional traz uma visão única e complementar, enriquecendo o debate e permitindo a identificação de um maior número de modos de falha e suas possíveis consequências.

Quando deve ser feita a FMEA?

A ferramenta pode ser aplicada em diversos momentos do ciclo de vida de um produto ou processo. Seu uso é especialmente indicado no início de novos projetos, quando se busca identificar e mitigar riscos desde o planejamento.

Por meio da análise das etapas do processo, dos materiais, dos equipamentos e das interfaces, é possível antecipar falhas potenciais e implementar medidas preventivas.

A sua aplicação também é interessante ao implementar mudanças em processos existentes, pois as alterações podem introduzir novos riscos. Realizando uma análise FMEA antes e depois das mudanças, é possível garantir que os novos processos sejam mais seguros e confiáveis.

Além desses momentos específicos, a FMEA deve ser aplicado de forma contínua em ambientes dinâmicos, em que as condições e os requisitos podem mudar com frequência.

A análise periódica permite identificar novas falhas, avaliar a eficácia das ações corretivas implementadas e ajustar o plano de ação conforme necessário.

A aplicação contínua da ferramenta garante que os processos estejam sempre sob controle e que a organização esteja preparada para responder a eventuais desafios.

Transformando a FMEA em uma prática regular, as empresas podem promover uma cultura de prevenção de falhas e melhoria contínua, garantindo a qualidade de seus produtos e serviços.

Como a Docusign pode ajudar a sua empresa?

Ferramentas de assinatura eletrônica e gestão inteligente de acordos podem otimizar significativamente a aplicação da FMEA. Com a digitalização e centralização de toda a documentação do processo, essas ferramentas facilitam o acesso, a atualização e o compartilhamento das informações entre os membros da equipe.

A assinatura eletrônica, por exemplo, agiliza a aprovação das análises e ações corretivas, reduzindo o tempo de ciclo e garantindo a rastreabilidade das alterações. Além disso, a gestão do ciclo de vida de contratos permite a criação de fluxos de trabalho automatizados, facilitando a comunicação e a colaboração entre os diferentes departamentos envolvidos no processo.

Com essas ferramentas, a FMEA se torna mais ágil, eficiente e colaborativa, contribuindo para a melhoria contínua dos processos e produtos.

Como você viu, a FMEA é uma ferramenta poderosa quando aplicada por uma equipe multidisciplinar e engajada. Ao reunir diferentes perspectivas e conhecimentos, a equipe pode realizar uma análise mais completa e eficaz, identificando e priorizando os riscos mais críticos.

A participação de todos os envolvidos é fundamental para o sucesso da implementação da FMEA e para a construção de uma cultura de melhoria contínua.

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Thais NarkevitzDiretora de Eventos e Geração de Demanda

Thais é uma diretora de Marketing na DocuSign, cuidando de geração de demanda e eventos.

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